3ª série

FILOSOFIA MÉDIEVAL: (COMPLETO EM BREVE)
2 GRANDES CORRENTES FILOSÓFICAS DO PERÍODO:
Patrística: Filosofia dos Padres da Igreja, tendo como maior expoente, Santo Agostinho.
Escolástica: Escolas de filosofia que funcionavam nas catedrais. maior expoente foi Santo Tomás de Aquino.

Uma tentativa de se conciliar fé e razão. Talvez esta seja a principal característica da filosofia medieval, que dará origem mais tarde à Filosofia da Religião e depois esta à Teologia....


Veja um breve resumo sobre Santo Agostinho:




René Descartes

    


3.1 O ARGUMENTO DO COGITO




A principal contribuição de René Descartes ao desenvolvimento do pensamento filosófico ocidental é o argumento do cogito, segundo o qual se pretende encontrar o fundamento seguro para se chegar ao conhecimento, e, assim, refutar o ceticismo.




Levando em consideração o argumento cético, Descartes, formula a dúvida metódica, onde toda "[...] proposição deve ser rejeitada, caso haja o menor motivo para dúvida" (MARCONDES, 1997: 165) e, desta forma, examinar o conhecimento que não se sabe verdadeiramente confiável. Em suasMeditações, Descartes, elabora três argumentos básicos "sobre as coisas que se podem colocar em dúvida", são eles:




a) Reconhece que as faculdades cognitivas (sentidos) são tão enganosas quanto o conhecimento adquirido, em sua primeira meditação diz ele que em alguns momentos, talvez, possamos ter certeza daquilo que percebemos, como por exemplo, o fato dele estar sentado, escrevendo junto à lareira.




b) O segundo argumento é o do sonho, diz Descartes que é possível que mesmo aquilo que percebemos como real (estar sentado junto à lareira) seja na verdade um sonho, ou seja, o que percebemos como fato não é critério para distinguir o sonho da vigília, pois todos já passamos por experiências que nos levam a tal confusão, segundo Danilo Marcondes (1997), este problema entre o que se passa em nossa mente e o mundo externo é crucial na filosofia cartesiana.




Desta maneira, explorando o argumento do sonho, Descartes diz que mesmo que os objetos de nossa percepção sejam frutos de um sonho, ainda assim, neles existem algumas características universais como forma, extensão e quantidade, que estão presentes tanto no plano objetivo como no plano subjetivo das formas abstratas, um quadrado sempre terá quatro lados, seja desenhado no papel ou imaginado pela mente, portanto, estas formas podem estar imunes à dúvida.




Os dois argumentos acima são, tecnicamente, semelhantes aos utilizados pelos céticos, vejamos o terceiro argumento que corresponde à original contribuição de Descartes à filosofia.




c) O terceiro argumento é o mais radical, segundo ele parte-se da idéia de que existe um deus que tudo pode e que nos criou de forma a acreditarmos em tudo sem que realmente tudo existisse; este deus é chamado por Descartes de gênio maligno. A partir disto, ele chega a uma primeira conclusão: que nada há no mundo de certo, pois tudo que penso como verdadeiro (por exemplo, as formas geométricas) pode ser obra de um gênio maligno; com este raciocínio, Descartes, parte para a primeira certeza, diz que mesmo para que possa ser enganado sobre tudo é necessário existir, e por mais que nos enganemos é impossível não ser nada enquanto pensarmos ser alguma coisa,




Portanto, até mesmo para duvidar é preciso que eu pense; logo, o pensamento é ele próprio imune à dúvida. "Enfim é preciso concluir [...] que esta proposição 'Eu sou, eu existo' é necessariamente verdadeira todas as vezes que eu a enuncie ou a conceba em meu espírito".




(MARCONDES, 1997: 167)




É por meio deste raciocínio que se chega à conclusão de que até mesmo para duvidar é preciso pensar, e que a existência do ser pensante (res cogitans), portanto, não está sujeita à dúvida, ela é mais básica, é um pressuposto dela. Sendo assim, a primeira certeza é a verdade necessária do cogito.




A crítica feita a Descartes, neste sentido, diz respeito ao solipsismo cartesiano, no qual só se pode chegar a evidência do cogito através critériostão rigoroso que não se aplica a nada mais além da mente, pois o método só se aplica ao ser que pensa, o que lhe é externo sempre estará sujeito à dúvida, só podemos reconhecer a existência de um pensamento puro. A partir disto, Descartes se propõe a fundamentar a possibilidade do conhecimento científico através destas bases metodológicas, sua tarefa é sair do idealismo para o realismo.




O próximo passo de Descartes é reconhecer, após examinar a substância pensante, que a mente é composta de idéias e que a idéia é pensar sobre, independente de sua verdade e como diziam os cientistas tradicionais era por meio do juízo (composto de idéias) que poderíamos afirmar a verdade ou a falsidade de algo, que será válida na medida em que for evidente, querepresentar a idéia de algo. São três os tipos de idéias: inatas (infinito e perfeição), adventícias (ou empíricas) e as da imaginação, são elas que fazem o processo de correspondência com o real.




Após entender o funcionamento do ser pensante e da correspondência das idéias com o real, Descartes passa para o argumento cosmológico, no qual se reconhece a existência de Deus através da idéia inata de perfeição. Deus ao criar o homem lhe marca com sua perfeição, desta maneira, desta forma, mesmo sendo imperfeitos somos capazes de reconhecer a perfeição, seguindo este raciocínio chega-se ao argumento ontológico, em que se reconhece a existência de Deus, já que a perfeição só pode ser reconhecida como a posse de todas as qualidades é necessário supor que o Ser-perfeito exista. Por meio do argumento ontológico Descartes rompe com o solipsismo e pode afirmar a existência de algo além do cogito, fora de si mesmo; o argumento cosmológico mostra o processo de pensar Deus através do próprio cogito sem auxilio externo e o ontológico é capaz de afirmar a existência de Deus independente do cogito, sendo assim possível garantir a existência do mundo e a possibilidade do homem conhecer o mundo. O ponto arquimediano de Descartes, a base para construção do conhecimento, não é na verdade o cogito, mas a existência de Deus, sendo assim passou-se do idealismo do cogito para o realismo, "sendo o conhecimento a representação verdadeira, a correspondência entre a idéia e o objeto externo" (MARCONDES, 1997: 172).

 A FILOSOFIA: SÍMBOLOS 



coruja se identifica com a figura do filósofo, principalmente, Sócrates. A coruja é o animal que tem hábitos estranhos, para o comum dos animais, enquanto muitos animais dormem tranqüilamente de noite, ela esta acordada; ela se levanta ao anoitecer; é na calada da noite que ela anda vigilante e ativa; os animais comuns só consegue ver com o auxilio da luz solar, a coruja não. A coruja enxerga na escuridão. Disto, segue-se que a coruja, assim como a Filosofia, tem o sentido de dominar as trevas (a escuridão) e de possuir a capacidade de adquirir conhecimento para além das sombras.
nAUGUSTE RODIN (1840-1917) recebeu, do governo francês em 1880, um pedido para fazer um portal que figuraria na entrada do Museu de Artes Decorativas de Paris, cujo tema era "A divina comédia", de Dante. seu trabalho mais famoso: "O pensador”.
nA escultura de bronze, série de 25 reproduções.
n“O pensador" original tinha apenas 72 centímetros de altura e foi exposto pela primeira vez em 1888, em Copenhague. Em 1902, o escultor decidiu aumentar as proporções do trabalho e a ampliou para 1,83m e acrescentou-lhe um pedestal de 1,63m.
nRemark Sulger Büel organizou uma exposição e conseguiu trazer ao Brasil: Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Salvador.
nEm suma, a estátua de Rodin (escultor francês) conhecida como O PensadorApresenta-se nu e solitário, de olhos fechados, sentado, com o queixo apoiado no punho direito e o braço esquerdo descaído sobre o colo. Simboliza atitude filosófica reflexiva: a) simboliza o homem pensativo, ou melhor, a capacidade positiva de se recolher sobre si mesmo para submeter-se ao seu próprio juízo (que deve ser crítico a realidade circundante); b) simboliza uma dimensão do pensador solitário ou solipsista e hermética dos seus pensamentos a que ninguém pode ter acesso, incomunicáveis


A Escola de Atenas, pintada por RAPHAEL SANZIO (em + ou -1520), ilustra a filosofia e está repleto dos maiores expoentes da filosofia. Quem olha o quadro logo imagina sobre o que os personagens estão conversando... Os temas são variados.
nA Escola de Atenas é um quadro do pintor Rafael, cujas figuras centrais são: Platão(apontando o dedo para o auto, afirmando que a filosofia não se esgota na realidade terrena e que é típico do ser humana preocupa-se com valores metafísicos...) eAristóteles (com o braço para baixo, afirmando que uma dimensão da natureza humana é corpórea e física. Essa figura representa a ponderação dialógica, isto é, o diálogo entre posições e teses freqüentemente opostas.


Filosofia Antiga

HISTÓRIA DA FILOSOFIA (Resumo das aulas)


Heráclito


Afirmava que tudo estava em constante mudança, mas que não ocorria transformações nas coisas, ou seja, elas não passavam a ser novas coisas por causa da mudança ocorrida.

Parmênides


Dizia que se as coisas se transformam então elas deixam de ser o que são para poderem se tornar novas coisas.


SOFISTAS:
Afirmam que a verdade é relativa. São considerados os primeiros advogados e professores.
Os sofistas surgem como mestres de retórica e de oratória.
Os sofistas mais influentes foram Protágoras e Górgias.  Sócrates opõe-se aos sofistas ao defender a necessidade do conhecimento de uma verdade única sobre a natureza das coisas, afastando-se das opiniões e buscando a definição das coisas.

SÓCRATES:
Considerado o Pai da Filosofia. Nada escreveu. Tudo o que dele sabemos foi contado pelos seus discípulos, com destaque para Platão.
Método socrático: maiêutica (parteira), através do método da parteira que auxilia a mulher a dar à luz, Sócrates usa a maiêutica para fazer as pessoas darem luz à novas ideias.

PLATÃO:
A filosofia de Platão desenvolve-se a partir dos ensinamentos de seu mestre: Sócrates, o que se reflete, sobretudo nos assim chamados “diálogos socráticos”.
 Platão sofre também a influência dos pitagóricos e eleatas, sobretudo após sua primeira viagem à Sicília.  Desenvolve sua concepção filosófica que tem como núcleo à teoria das idéias ou formas.
                                                                 


TEORIA DAS IDEIAS






Em resumo, para Platão a realidade se dividia em duas partes. A primeira parte é o mundo dos sentidos (mundo sensível), do qual não podemos ter senão um conhecimento aproximado ou imperfeito, já que para tanto fazemos uso de nossos cinco (aproximados e imperfeitos) sentidos. Neste mundo dos sentidos, tudo "flui" e, consequentemente, nada é perene. Nada é no mundo dos sentidos; nele, as coisas simplesmente surgem e desaparecem. A outra parte é o mundo das idéias, do qual podemos chegar a ter um conhecimento seguro, se para tanto fizermos uso de nossa razão. Este mundo das idéias não pode, portanto, ser conhecido através dos sentidos. Em compensação, as idéias (ou formas) são eternas e imutáveis.


Mito da caverna


Imaginemos um muro bem alto separando o mundo externo e uma caverna. Na caverna existe uma fresta por onde passa um feixe de luz exterior. No interior da caverna permanecem seres humanos, que nasceram e cresceram ali.


Ficam de costas para a entrada, acorrentados, sem poder locomover-se, forçados a olhar somente a parede do fundo da caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que, além do muro, mantêm acesa uma fogueira. Pelas paredes da caverna também ecoam os sons que vêm de fora, de modo que os prisioneiros, associando-os, com certa razão, às sombras, pensam ser eles as falas das mesmas. Desse modo, os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade.


Imagine que um dos prisioneiros consiga se libertar e, aos poucos, vá se movendo e avance na direção do muro e o escale, enfrentando com dificuldade os obstáculos que encontre e saia da caverna, descobrindo não apenas que as sombras eram feitas por homens como eles, e mais além todo o mundo e a natureza.


Caso ele decida voltar à caverna para revelar aos seus antigos companheiros a situação extremamente enganosa em que se encontram, correrá, segundo Platão, sérios riscos - desde o simples ser ignorado até, caso consigam, ser agarrado e morto por eles, que o tomaram por louco e inventor de mentiras


O que é a caverna? O mundo em que vivemos (sensível) . Que são as sombras das estatuetas? As coisas materiais e sensoriais que percebemos. Quem é o prisioneiro que se liberta e sai da caverna? O filósofo. O que é a luz exterior do sol? A luz da verdade. O que é o mundo exterior? O mundo das ideias verdadeiras ou da verdadeira realidade. Qual o instrumento que liberta o filósofo e com o qual ele deseja libertar os outros prisioneiros? A dialética,. O que é a visão do mundo real iluminado? A filosofia. Por que os prisioneiros zombam, espancam e matam o filósofo (Platão está se referindo à condenação de Sócrates à morte pela assembleia ateniense?) Porque imaginam que o mundo sensível é o mundo real e o único verdadeiro.


ARISTÓTELES:

Metafísica: Meta: além (além da física)

Teoria das 04 causas:
 Para Aristóteles, existem quatro causas implicadas na existência de algo:
A causa material (aquilo do qual é feita alguma coisa, a argila, por exemplo) de quê é feito)
A causa formal (a coisa em si, como um vaso de argila) (a forma)
A causa eficiente (aquilo que dá origem ao processo em que a coisa surge, como as mãos de quem trabalha a argila) (quem fez)
A causa final (aquilo para o qual a coisa é feita, cite-se portar arranjos para enfeitar um ambiente).

Exercícios
1)      Relacione a teoria das ideias com a alegoria da caverna.
2)      Explique o método socrático.
3)      Relacione Heráclito e Parmênides